Sen produtos
quanto mais a monte tenho o jardim
mais dele gostam as abelhas [e as ovelhas também].
as vizinhas censuram-lhe a estética.
empresto-che a desbroçadora?
[google traductor: a ver se desbroças!]
essa casa assim não loze não brilha.
de limpares afloraria elegante o pátio.
ai, onde esté uma roseira uma petúnia.
e cada vez que saio ao jardim
foucinha na mão luvas na pele
disposta a ceifar estrugas fiunchos
mentastros nêvodas invasoras
um nuveiro antófilo achega-se-me
em baila mais que em revolta.
não são agressivas as abelhas
não aguilhoam nem avançam enxamiadas.
botam a sua dança e eu percebo
nos giros na velocidade na orientação
respeito do sol [e do castro]
que falam para mim. comigo.
gostam do meu jardim a monte.
saborosos meles e alegres nascem dele
[dizem elas. eu não sei do trobo].
já poucos lugares [aí o seu lamento é grande]
restam com estrugas fiunchos
mentastros nêvodas invasoras.
a zunida argumentação vence[-me].
eu abandono foucinha luvas
descobro a pele boto mão
das más flores mentoladas
gozo do arrecendo e de manter
o jardim a monte.
na aldeia ganho sona de preguiceira [e poeta].